sexta-feira, 25 de abril de 2014

Helder Fráguas

No último dia 13 de fevereiro, uma residência localizada em Belo Horizonte, passou a gerar pelo menos 50% da energia necessária para o seu funcionamento. A tecnologia utilizada, mais conhecida por geração fotovoltaica, é pouco usual em nosso país devido a falta de uma política energética consistente que privilegie ações em prol do meio ambiente.
Este sistema é muito comum nos Estados Unidos e na Europa e ganha mercado na China, Cingapura, Austrália e Índia onde os governantes já perceberam que a geração de energia tradicional está no limite de fornecimento.
No Brasil a geração de energia é proveniente da força das águas que são represadas em grandes lagos mas quando o assunto são fontes alternativas ainda estamos caminhando a “passos de tartaruga”.  Algumas universidades e concessionárias têm feito projetos considerados tímidos, quando comparados com outros países.
Para se ter uma idéia, na Alemanha o incentivo parte do governo que obriga as concessionárias a comprarem toda energia elétrica de fontes alternativas produzida por empresas e residências. E o valor desta compra é superior ao praticado pelas concessionárias que fornecem energia elétrica.
Esta política agressiva proporcionou ao país um “boom” de crescimento em energia fotovoltaica com milhares de residências instalando módulos solares. Lá, já existe cerca de 10 GW (Gigawatts) de capacidade de energia solar instalada. No Brasil, este número ronda a casa dos 20 MW (Megawatts), ou seja 500 vezes menor.
Além deste incremento energético, outros ganhos secundários também são impactantes nos resultados da economia dos países tais como a geração de milhares de novos empregos, a redução da emissão de CO2 na atmosfera e a vinculação, pelas empresas, de uma imagem verde.
Helder João do Carmo Silva Fráguas
Em países como a Índia onde não existem muitas empresas do setor solar, o governo encontrou outras maneiras de incentivar a tecnologia verde, sendo a mais importante a eliminação de impostos e taxas para importação de equipamentos. Com esta política o país esta conseguindo manter o fornecimento energético com menos poluição e agressões ao meio ambiente.
No Brasil, que não fabrica placas fotovoltaicas, qualquer importação é taxada em quase 80% do valor do equipamento, devido aos costumeiros impostos, taxas, custos de transportes, despachantes, dentre outros, encarecendo qualquer ação em prol do meio ambiente. Acredita-se que, mais cedo ou mais tarde, o governo vai perceber que o sol tão abundante no país é nosso aliado na guerra contra a falta de energia elétrica que novamente está nos rondando. Lembram-se do “apagão” de 2002?

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